terça-feira, 27 de maio de 2008

O agendamento midiático e a realidade subjetiva da notícia

Alarguemos o leque de opções temáticas das editorias convencionais, tratemos de sacudir o tema principal do jornalismo, sobre uma ótica da verdade, a notícia e a recepção cognitiva que se percebe enquanto leitor e produtor dos materiais produzidos pelo jornalismo. Os meios de comunicação formais dependem de uma linguagem, periodicidade, isenção e credibilidade, os métodos usados são configurados para que esses pilares pareçam irredutíveis em relação estreita com o subjetivismo pessoal.
A interpretação, mesmo adquirindo importância referencial no processo de comunicação, não é figura fundamental da peça constitutiva de um material jornalístico, pensando na demonstração explícita da prática na profissão. A produção de notícia passa por apropriação de valores culturais e éticos que usam as potenciais interpretações. A interpretação está embutida nas diversas relações, positivas e negativas, com qual a informação arremata o receptor da mensagem. A determinação emotiva, com qual todo receptor assimila, é uma peça estritamente necessária para uma comunicação eficiente.
O lado efetivo de uma comunicação produtiva tem como pressuposto a aceitação da informação, ou compreensão, mesmo que não seja aceita como um todo. O feedback da informação, ou seja; como retorna ao comunicador a opinião emitida, é uma interferência subjetiva na produção de um material informativo, e a base do jornalismo, como da emissão de notícias, com "verdades" ou fatos jornalísticos.
O público emite sua subjetividade de acordo com as demonstrações públicas de afeto ao material veiculado e com a própria "audiência" contabilizada pelas pesquisas de base, feitas pelas empresas de comunicação, ou órgãos de comunicação. Esses emissores de informação usam de forma descriminada essas informações e interpretações da subjetividade para produzir material público e distribuir informação. De forma contida e sutil, o material noticioso é uma interação entre emissores e receptores, tendo ciência de que esse material tem um apego de pesquisa psicológica, para que seja eficiente a compreensão da mensagem.
É certo que, o público médio dos veículos de comunicação é um combinado heterogênico e disperso, visto que a teoria da comunicação ainda o denomine meios de massa, há nessa origem uma hipótese de que há uma aceitação linear do material produzido, hipótese incorreta, usando de uma precisão sistemática. O público assimila uma notícia de acordo com sua cultura e ética, mas é defrontado com a massificação dos produtos de comunicação, sendo levado a um comportamento determinado de acordo com a manipulação dos meios de comunicação, para com o material publicado. Esse confronto afeta a apreciação do jornalismo.
Uma interpretação subjetiva nos meios de comunicação é responsável pela formatação cultural passada por estes, que são formadores de opinião, ora sendo impelidos a concretizar suas ações de acordo com um diálogo efetivo da comunicação, garantindo que o receptor compreenda á mensagem preferida. Há nesse processo um acordo eficaz, contudo falso, adquirido pela insistência de um discurso imparcial no jornalismo. Ora se há um exame das reações psíquicas e subjetivas do público que se pretende alcançar com determinada mensagem, há uma persuasão associado à notícia. Há sim no jornalismo à necessidade do emprego da ética, para que cada receptor se alinhe de acordo com sua disposição.
Thiago Turbay Freiria

Nenhum comentário: