terça-feira, 15 de abril de 2008

Aos exibidos!

Thiago Turbay Freiria
A de se prevenir para a escultura do tempo, a pele assim é a primeira a sentir a primazia. Toda curva esquelética, de sem pudores e arremeços de sedução, vão caindo. Tudo que hoje é o escrúpulo se torna fatigável, manso, e certo que em um tempo posterior será o banal.
Nesse mistério, os devedores são homens ricos, por agora, que tendem a espantar os olhos de quem ainda não os seguem, apedrejam a boa conduta e os bons homens com máquinas novas, com a tecnologia alcançada, sem que apareça algum sujeito lerdo para acompanhar, estão sempre dinamizados. Suas mulheres sempre sorridentes e felizes pelos bens de seu amado.
Assim a coisa vai se configurando. Para o canto de cá sobram as migalhas referendas, as porcelanas lascadas, os cristais guardados, as fotos do matrimônio antigas, e sempre ranzinza sobra uma galha, um dardo de julgamento. Prestam ao desabor de não ser mais quem são, e ninguém o é, estou certo. Afora aos que custumam grupir suas vidas, que se foram, gastam a gostosura do amargo, da imprecisão e das memórias de falange. E nada o foram, por que quem conta a história de si próprio nunca o é bom contador. Ora por que a história não presta ora por que quem não serve é o ator.
Disso tenho, com pesar, lembrado de alguns antigos de minha vida, que passam a procurar só o exato prazer, e respondo ao preço da crendice, que quem esmaga o miserável o faz por medo, não por poder, como pensam.

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