Thiago Turbay Freiria
Barganha na tecelagem. Os teares do aparelhamento do Estado quebraram. As credenciais do governo são votos para emendas constitucionais, para entrar nas corporações de ofício, a costura agora ficou mais difícil. O escândalo surgiu das queixas dos impopulares, os velhacos que não abocanharam a fatia do bolo ainda. Eles declararam que os votos para emenda, identificada como CPMF, são negociados em troca de cargos políticos. Mero oportunismo. Os cargos sempre foram moeda. Desde que a política mítica não deforme os titãs, o crepúsculo que ronda o presidente não enrubesça e nunca peguemos os larápios. O mensalão dragou os credores de cargos mais almejados, o chefe da casa civil, gabinetes, e mais os desavisados. A crise política derrubou bonachões, os infiéis e toda uma corja. Mas para que? É certo que a fundação de agências é declaradamente para benefícios de cargos com interesse para políticos, mas os desastres mudaram a perspectiva derrotista de nosso povo. Hoje não aceitamos mais nomeações caducas, que não tem perícia ou não serve para o cargo que ocupam, o país mudou de cara pintada para gérmen lúgubre. Tornamos seres revoltados, sem cumplicidade. Julgamos sem ter provas, é assim o povo brasileiro, na ótica de nossos governantes. Nossa determinação jurídica se tornou o maior empecilho da moral política de nossos representantes. Emparedamos as peripécias do Renan, desmoronamos o Valério - duto. Arremetemos as manobras políticas da ANAC. E mais Severinos, Magalhães, Genuínos, Dirceu. O povo brasileiro cordeiro castrado começou a virar lobo. E nos safamos de alguns masters da corrupção. Para que? É certo que a consonância nacional não falha. Expuseram os erários para que nós os sacrificássemos, em troca nomeariam outras bancadas, que estão ingressando no jogo. Agora o mensalão mineiro é a nova cabra a ser sacrificada. A denúncia é de que trinta e seis foram envolvidos em arrecadações ilícitas no governo de Minas Gerais, em 1998, para o então governador Eduardo Azeredo(PSDB), os empréstimos teriam participação de Marcos Valério, o mesmo. Um caixa dois mineiro. Hoje o as investigações apontam que a oposição e situação são farinhas do mesmo saco. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia está dentre os investigados, principalmente pelo empréstimo dado a Azeredo, de quinhentos mil, sem que esse devesse pagar. É a melhor casa de Câmbio do Brasil. Mas isso esta longe de ser novidade. Desde a República velha assistimos a alternância de cargos políticos entre Minas e São Paulo, os mesmos badulaques e manobras corruptas. Hoje revigoramos a política do café-com-leite.
terça-feira, 15 de abril de 2008
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