terça-feira, 15 de abril de 2008

Pacote insinuado!

Thiago Turbay Freiria
È um absurdo me agarrar e puxar minha calça etária, desfazer minha ruga e resmungo , repuxar minha pele é uma coisa abominável.E fazem isso , as mulheres delegadas, que dominam. Por isso chegou em minha casa um encomenda que preferia não atender, ou esperava que viesse com um sorriso sério, com pudor. Mas atiçou um rojão, veio com um sorriso descabelado , de uma erudição e chanchada que não contive.Pedi para entrar. Desaconselhei que fizesse aquela dobrada de pernas, que não convém quando tem fogo etéreo no ar. Mas coloquei um travesseiro sobre as coxas para evitar levitação.Quando ocorre é desnuda como uma roupa rasgada com dente, ou sutiã dissolvido com a língua. E a conversa começou cheia de chiados , com extrema abundância de S e de P, fazendo um ruído ao final de todas as palavras soletradas.Percebi que a armadilha estava afável, e cairia.Decidi oferecer alguma coisa para beber, para que me oferecesse algo depois , logo depois para petiscar, então ai que cometi o erro mais miserável. Eu não soube como administrar o petisco. Percebi que o prato principal não caberia , estava cheio. Começou a agradar-me por baixo , que por cima ela pareceria soberana demais, que não era a situação.E com muito aliso ficou com cara de tacho. Não era para ser, mas cumpri meu papel de performance viril , combinei um outro horário, outra vez. Pelo teste percebi a escolta que faz o coração, fui enamorado de meus desejos e fiel a minha paixão. OBS: Homenagem a um amigo, que a pouco contou-me que passara por esse sufoco, mas rememorou adiante, que não vale sentença de prazer sem o juizado da paixão.

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