terça-feira, 15 de abril de 2008

O Bêbado Equilibrista!

Thiago Turbay Freiria
Ferdinando Almeida, um astronauta pretenso condensou, se liquefez. Adorou a água, sobretudo em mistura desequilibrada, virou marinheiro.Tinha seus dias de folga, onde aportava em quatro braços, de sua preferência.Naufragava!Saia com uma cantarola no gargalo, pedia aos mais de trás que o acompanhassem, todos sem deixar de cantar.Apagava toda cobrança.Ferdinando era demais, todos alegavam sua sobra, vinha do céu. Com céu ia sem voltar, surrupiava seus tornozelos aplicava-os golpes certeiros, andava amparado pelo excesso, tropeçava nos reflexos. Não pagava a conta, o preço ficava pra outra.Deixava seu vigor por perto, não adiantava, nunca conseguia alcançá-lo. Pedia à todos que corressem, esquecia de firmar. Sua astúcia permaneceria, ela ia correndo com seus amigos, que não estavam lá.Voltavam ao mar, o mar que falta a Ferdinando do ar. A suspensão é a essência dos seres aéreos, ele suportava uma por mês, ia menos ganhando, mais faltando.Acabou por achar que devesse acabar, suspendeu. Ia gostando menos de água.Menos da vida admirava, Estava sóbrio, sombrio seu caminho ficará. Assim por perto desperto angustia de ser de nada.Ferdinando, meio ficará de cá, meio pra lá rumará, todos lembravam.João do bar não esquece, que falta dá!Pro ar nasceu. Retornara. Morreu!Ferdinando, que bebeu, cuspiu soluçou, mas não agüentou ficar só.

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